O plano e o primeiro passo
- Como, Hermione? Não podes...
- Como não posso, Ginny? A minha vida deu uma volta de 360º... - disse com as lágrimas nos olhos.
- E nós? Os teus amigos? Toda a gente?
- Ginny, compreende...
- O que é que o Malfoy te fez, Hermione?
Hermione contou-lhes o que se passara desde a carta de Lucius Malfoy até a ver Pansy beijar Draco.
- Já pensaste que pode ter sido um mal entendido? Pode ter sido jogo da cobra?
- Não! Não e não... ele mentiu-me e eu não desculpo mentiras! - disse decididamente. - Agora se não se importam vou-me embora... preciso de acabar de ler um livro. - disse e saíu sem olhar para trás.
Quando foi à sala comum, viu Draco no sofá... tinha a certeza de que ele estava à espera dela.
- Hermione... ouve-me! - pediu Draco.
Mas, ela nem sequer lhe ligou e seguiu em frente até ao seu quarto.
Draco continuava no sofá. Sabia que não era boa altura para ir ter com Hermione. Depois, fez-se luz na cabeça de Draco.
- É isso! A Weasley! Ela vai saber como me ajudar... - pensou alto.
Correu até encontrar Ginny e Elke.
- Weasley!
- Que foi? Já não te basta teres feito com que a Hermione queira deixar o mundo da magia?
- O quê?
- Não era o que tu querias, Malfoy? - perguntou Ginny arrogantemente.
- Eu?
- Calma, Ginny... ele deve ter uma boa explicação... - disse Elke.
- Ouçam... eu pensei que o meu pai tinha mandado de Azkaban uma carta à Pansy a dizer que se eu não resolvesse as coisas com ela, pagaria caro! Mas era tudo mentira a Pansy disse-me quando viu que a Hermione estava chateada comigo... e eu não queria beijá-la. Ela beijou-me quando ouviu a voz da Hermione.
- Prova!
- Como?
- A poção da verdade!
- Tu és um génio, Weasley... - disse fascinado Draco.
- Tens a poção contigo?
- Não... - disse voltando a ficar desanimado.
- E se o ajudassemos a arranjar? - perguntou Elke. Ela parecia ter acreditado nele.
- Eram capazes?
Ginny não disse nada durante uns tempos. Mas depois, falou:
- Pela Hermione, claro... Mas olha que ela está com ideias de ir embora ainda esta semana...
- O Snape tem essa poção... mas como é que vamos lá?
Ginny teve uma brilhante ideia e então explicou aos dois.
- Mas, só tenho poções amanhã! - disse Draco.
- Vá lá... entretanto eu e a Elke arranjamos maneira de levar a Pansy até à vossa sala comum.
No dia seguinte de manhã, Hermione nem sequer olhou para Draco. Ele estava em pulgas para por o plano em acção.
Ginny e Elke não contaram nada a Hermione. Na aula de poções Draco estava destraído.
- Mrs. Malfoy, vai continuar destraído? - perguntou Snape.
- E se continuar? - perguntou arrogantemente Draco. Elke sorriu para ele. Foi a primeira vez nessa manhã que Hermione olhou para ele.
- Veja lá como fala, Mrs. Malfoy...
- Ouça... não tou com paciência nenhuma para as suas ameaças!
- Aviso... Mrs. Malfoy, é um aviso!
- Nem ameaças nem avisos... deixe-me em paz! - disse ele.
- Às nove horas no meu gabinete... - disse Snape.
- Ok... ok... - disse Draco.
Quando acabou de jantar, olhava constantemente para o relógio... estava ansioso que chegasse as nove horas.
- Weasley... - disse quando a viu passar com Elke. - Podes-me emprestar a varinha? Preciso dela para procurar a poção... tenho a certeza de que o Snape me vai pedir a minha.
- Tudo bem... Às nove e meia estamos em frente ao gabinete do Snape.
Foi directamente para o gabinete de Snape.
- Entre! Tenho aqui uns documentos para arrumar... quero que os arrume! Sem magia... - disse Snape. - Entretanto, vou sair... Ah... dê-me a sua varinha, Mrs. Malfoy!
- Claro... - disse tirando a varinha do bolso.
Quando Snape fechou a porta, Draco procurou por todo o lado a poção. Quando faltava dez minutos para Ginny e Elke irem ter com ele, Draco encontrou a poção... depois arrumou rapidamente os documentos com um toque da varinha e esperou por Snape.
- Muito bem... parece-me tudo muito bem arrumado. Podes ir... - disse Snape que examinava tim tim por tim tim os documentos...
Saíu do gabinete e avistou logo Ginny e Elke.
- Bem... estou impressionada! - disse Ginny.
- Agora só quero mostrar a Hermione... ela vai saber o quanto a amo!
Elke sorriu... ela adorava ouvir isso! Agora que namorava com Ron... esperava sempre que ele lhe dissesse alguma coisa romântica!
- Nem sei como vos agradecer!
- Tás consciente que essa poção faz-nos confessar as verdades todas?
- Eu não estou a mentir... vocês vão ver... a Pansy vai dizer tudo!
- Quando a levamos até à Hermione? - perguntou Draco com um brilho de ansiedade nos olhos.
- Amanhã!
Foram a conversar e a combinar como iriam convencer Pansy de ir com elas até à sala dos chefes de turma. Até pensaram em levar Dianah porque seria mais fácil de convencer... mas desistiram! Pois, pensavam que Hermione iria pensar que a tinha convencido a mentir.
Draco foi para o seu quarto. Nessa noite não dormiu nada... estava com tal ansiedade que se assemelhava a uma dor de estomago.
. Não é um Adeus, mas um At...
. Sem ti